Rosa do Rio

Lisboa, 2017.

Quando era artista residente na MArt — Espaço de experimentação artística — foi-nos proposto trabalhar a partir das coleções do Museu de História Natural. As obras resultantes seriam mostradas numa exposição no local.
A sala que me atraiu mais foi a dos Minerais, quem sabe se por o meu avô ser Engenheiro de Minas.
Segui e registei a lápis algumas das linhas desenhadas pelas reentrâncias e relevos das pedras. Misturei também linhas cosidas com fios de bordar, como já vinha fazendo em trabalhos anteriores.
Utilizei papéis pequenos. Quando os desenhos começaram a sair da folha, fui acrescentando mais, unindo-as com linha.
Os desenhos adquiriram um ar flutuante e têm um direito e um avesso.
Estava eu a executar um deles quando alguém comentou: Parecem mapas!
Tinha surgido o nome da série — A Cartografia das Pedras.